sábado, 1 de março de 2014

Post pessoal - MIles Davies

Eu me sinto mal por não conseguir gostar de Miles Davies. Entendo o contexto histórico, entendo porque ele (ou algo como) tinha que ocorrer, mas não consigo gostar das músicas.

Seguimos com o livro. :)

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Prólogo

1. Como amar o vento

 O vento extingue uma vela e energiza o fogo.
 Assim como o que é randômico, incerto, caótico: você quer usá-los, não esconder-se deles. Você quer ser fogo e desejar o vento. Isso resume a atitude intrépida do autor (Nassim Nicholas Taleb) em relação ao que é incerto e randômico.
 Nós não queremos apenas sobreviver à incerteza, para quase conseguir. Nós queremos sobreviver à incerteza e, além disso_como uma certa classe de Romanos Estoicos_ dar a última palavra. A missão é como domesticar, até mesmo dominar, conquistar o invisível, o opaco e o inexplicável.
 Como?

2. O Anti-frágil

 Algumas coisas se beneficiam de choques; elas crescem, prosperam quando expostas à volatilidade, randomicidade (?), desordem, estressores e o amor pela aventura, risco e incerteza. Ainda assim, à despeito da onipresença do fenômeno, não há uma palavra exata para o oposto de fragilidade. Vamos chamar isso de antifrágil.
 Antifragilidade está além da resiliência ou robusteza. O que é resiliente resite e choques e se mantém o mesmo; O antifrágil melhora. Essa propriedade está por trás de tudo que mudou com o tempo: evolução, cultura, ideias, revoluções, sistemas políticos, inovações tecnológicas, culturais e sucesso econômico, sobrevivência corporativa, boas receitas (como uma canja de galinha, ou um steak tartar com um pingo de conhaque), a ascensão de cidades, culturas, sistemas legais, florestas equatoriais, resistência bacteriana... até mesmo nossa própria existência como uma espécie nesse planeta. A antifragilidade determina os limites entre o que está vivo e é orgânico (ou complexo), como o corpo humano, do que está inerte, como um grampeador ou a sua mesa.
 O que é antifrágil ama randomicidade e incerteza, o que também quer dizer_de forma inegável_um amor pelos erros, uma certa classe de erros. Antifragilidade tem uma qualidade singular que nos permite lidar com o desconhecido, de fazer coisas sem entendê-las_ e fazê-las bem. Deixe-me ser mais agressivo: nós somos muito melhores em fazer do que em pensar, graças à antifragilidade. Eu prefiro ser burro e antifrágil do que extremamente inteligente e frágil, sempre.
 É fácil ver as coisas ao nosso redor que gostam de uma certa quantidade de estresse e volatilidade: sistemas econômicos, seu corpo, sua nutrição (diabetes e outras doenças modernas parecem ser associadas à falta de randomicidade na alimentação e na ausência do estressor da falta de alimentos), sua psique. Há ainda contratos financeiros que são antifrágeis: eles são construídos de forma a se beneficiar da volatilidade do mercado.
 Antifragilidade nos faz entender melhor a fragilidade. Assim como não podemos melhorar nossa saúde sem reduzir o risco de doenças, ou aumentar nossa fortuna sem diminuir as perdas, antifragilidade e fragilidade são variações em um mesmo espectro.